12.23.2003

Não gosto do posicionamento fatalista do tipo:"o sistema que é o culpado por as coisas serem do jeito que são". O sistema não é como a chuva, um evento que o homem não é capaz de controlar. O sistema é uma cria do homem. Representa, para o bem ou para o mal, a vontade do homem.
Diria alguém que isso não é verdade, que não representa a vontade de todos os homens. Isso é bem questionável. Porque uma vez que certa pessoa está sofrendo as consequências "maléficas" do sistema, ela vai dizer que está errado, que tudo tem que mudar. Mas se ela está por cima, e recebendo os louros do sistema, ela vai achar que aquela é a melhor forma de se fazer as coisas.
Então o que é melhor?
Qual o sistema que é melhor? O melhor sistema existe? Ele vai de fato resolver os nossos problemas?
Eu não acredito. Não importa quais as regras, alguém tentará burlá-las, e terá aqueles que com elas ganhará, e haverá aqueles que perderão. A discussão sobre o sistema é inócua, irá tornar tudo ao mesmo lugar, pois não importa o quanto foi pensado, o quanto foi discutido, o sistema criado, seja ele qual for, terá falhas.
Mas e aí?
Aí eu entendo que as ações que diminuirão a desigualdade, seja qual for a causa dessa, precisam visar as pessoas. Porém é um processo lento, e que deve passar por várias etapas antes que se chegue realmente ao ponto de se trabalhar em prol da diminuição da desigualdade. É essencial o amadurecimento da crítica das pessoas. Da capacidade de exercer a liberdade de pensamento e expressão, sem medo da opinião externa. Porém, como sabemos, esse processo esbarra em tudo o que podemos imaginar.
Mas aqui entra a convicção de levar à frente aquilo em que acreditamos. Que, não importa a dificuldade, não importa a dedicação que exija, acreditar na idéia e fazer acontecer é o caminho que vai levar efetivamente a uma mudança, e essa, a uma revolução, não política, não econômica, mas uma revolução cultural, uma revolução do pensamento.

12.02.2003

Pois é ne, quem e vivo sempre aparece...
Concordo que devemos saber qual a nossa posicao na sociedade e a que somos empurrados a fazer.
Todo o mundo gira em torno da mesma coisa: Bens.
E quanto mais temos, mais queremos. A nossa posicao dentro da sociedade varia de acordo com o que temos. Agora que somos maiores, podemos entender um pouco mais e peneirar o que vale a pena ou nao, mas quando eramos menores, quem nunca quiz ter o brinquedo que o Joazinho tinha, ou melhor? Quem nunca quiz mostrar que pode mais do que o outro? Ou como diz um amigo meu daqui, "Meu pai tem 2!!".
O mundo e o mesmo pra todos. Ou seja, todos tem vontades, todos querem conquistar...
Sim, o maior problema e o acumulo de riqueza, mas por que, mesmo depois de grandes, continuamos a julgar as pessoas pela roupa que usam, pelo som que ouvem, pelo transporte que utilizam?
Acho que o que mais aprendi estando aqui, num pais tao diferente do nosso e tendo uma vida tgao diferente que eu tinha no Brasil, foi que o que as vezes parece bem no conceito de um povo, nao e no outro e o que temos e que respeitar...