3.09.2004

Como vamos mudar ?

A questão da mídia, da massificação de opiniões, da alienação total, creio que é ponto comum entre nós. E que tudo gira em torno de interesses, também. A questão é como mudar? Nós não somos megaempresários, não fazemos parte de alguma ONG nem somos militantes de partido estudantil algum.
Minha visão sobre estes elementos pode estar um pouco distorcida, sei que existem ONGs que fazem muito por comunidades carentes, mas acho que estas comunidades não deveriam ser tão carentes, a ajuda a estas pessoas deveria ser maior, não apenas por ONGs. Partidos estudantis que conheço criticam, berram, mas não mostram soluções, jogam pedras, mas não sabem porque. E megaempresários obviamente estão interessados no lucro que podem ter com a política do país.
Escrevendo tudo isso pareço membro de algum partido estudantil que conheço.
Dizer que a culpa é do governo é muito fácil e acho que colocar que tudo está no poder do voto contradiz o poder da mídia, que elege e acaba com quem lhes interessa, faz julgamentos sem provas ou esconde o verdadeiro culpado em uma nuvem de verdades fabricadas.
Para mudar é preciso entender e acho que esta discussão existe para isso, tentarmos entender como e porque os problemas ocorrem, desenvolvermos as idéias que temos.

3.05.2004

Não apenas teorias

Há tempos não escrevo aqui, portanto vou fazer algumas observações rápidas sobre alguns comentários antigos. Sem demagogia alguma, nasci e cresci na periferia de Diadema, quando falo que o problema da educação fundamental é um dos maiores problemas do nosso povo, juntamente com saúde básica, inexistente em muitos casos, e moradia. Não são apenas teorias, são fatos, experiências. Não adianta explicar a um sujeito que não tem o mínimo necessário, que sobrevive, que basta ele querer. Pois bem ele quis estudar. Qual seu resultado? Escolas abandonadas e professores despreparados. Condições mínimas são essenciais.

Primeira postagem

Eu fiquei vendo a “discussão” sadia que estava ocorrendo e tive que me manifestar.
Claro que mudanças devem ser construídas, com certeza precisamos de gente pensante por trás de toda revolução (seja ela armada ou pacífica), mas a mudança de uma sociedade tem que ser através do povo, e o povo (a massa) não é pensante, é modista, ele é induzido a acreditar em algo.
Ele é levado a crer naquilo que lhe é falado na tv, rádio ou escrito nos jornais, ele não procura ir até o fundo de notícia para ver se é aceitável o que lhe foi passado, ele apenas acredita nas informações que os veículos de comunicação põe no ar. As empresas de comunicação fazem uma verdadeira lavagem cerebral e o povo não é crítico o suficiente para discordar dos absurdos que acorrem em nosso país.
A maioria do povo reclama que nada está bom, que o país é ruim,etc, porém , quem escolheu o governo fomos nós, a forma de escolha de como o país vai ser governado nós que escolhemos ( tanto é que quando o povo discordou do militarismo, foi as ruas e pediu eleições diretas ).
A pergunta que faço a todos é a seguinte, votamos desde os 16 anos, alguém se lembra de todos os políticos em que votou? Ps. se você votou em nulo ou branco não conta pois você não exerceu seu poder de mudar o que acha que está errado.

3.04.2004

Há quem diga que só haverá mudança mediante revolução. E esse ponto é polêmico. Se por um lado isso concorda com o fato de que quem está no poder tentará sempre aumentar ou manter este poder, por outro lado ofende um pensamento de evolução, de processo de crescimento, lento e gradual, porém certeiro. Com alicerce.
Pessoalmente eu acredito que a mudança deva ser construída, e não imposta (não que a revolução leve necessariamente a uma imposição de poderes). Não necessariamente precisamos de força, precisamos sim é de massa cinzenta.